terça-feira, 19 de julho de 2011

Pras gurias de hoje ...


Se tem algo que aprendi por ter muito mais amigos homens que mulheres. Se tivesse que escolher um item pra contar pras amigas, conhecidas, gurias descontroladas no banheiro de hoje, seria isto: não julguem os caras – nem ninguém - pelo fim, pela forma de comportamento após o término de um relacionamento.

Tudo bem que estereotipar um gênero inteiro é raso, injusto, determinista. Pessoas são bastante diferentes por mais parecidas que possam ser, por mais cromossomos em comum que tenham. Ainda assim, gostaria que elas entendessem: não os julguem pelo fim. Mesmo.

Se ele tá passando o rodo em todas. Se não conversa ou fica monossilábico contigo online. Se foi teu aniversário e ficaste esperando pelo parabéns que não veio. Se em semanas ele já aparecer de namorada nova. Nada disso “dessignifica” o que vocês viveram. Trust me.

Eles – muitos deles - sentem, sofrem, e seguem em frente de forma diferente do que a maioria(?) de nós, diferente da forma que egoisticamente gostaríamos. O que não quer dizer que não estejam sofrendo, que não sintam saudades, que não se lembrem.

Lógico que mesmo sabendo disso, também me machuco-magôo-fico-com-raivinha. Mas tento fazer da situação algo pontual, parte dos momentos de misery&madness que normalmente compõem meu processo de moving-on. Não trasformo em algo maior achando que fui enganada, que só eu estava envolvida na relação, que foi tudo um grande desperdício de tempo e sentimentos. “Olha como o filho-da-puta está bem enquanto eu aqui na merda o vendo em tudo o que encontro pela frente”. Nada disso me faz querer vingança, ou aparecer gostosona na frente dele com outro, nem pegar os amigos próximos por birra.

Até porque, mesmo se o "filho-da-puta” estiver mesmo já em outra e feliz, se você não foi tão marcante assim pro cara, etc. Isso muda o que viveu e significou pra ti? Transforma as lembranças, aprendizados, sussurros em algo inválido e sem qualquer tipo de importância?
Não deveria.
Essa é uma questão que toda vez que alguém tentar supor, provavelmente estará bastante enganado. Ninguém além de si sabe o quanto tal pessoa realmente significa. Principalmente baseado nas atitudes de um período tão peculiar e cruel.
Cada um lida com a perda como bem entende, como bem consegue.
Então é assim. Sofra o que tiver de sofrer, xingue se te ajudar a superar mais rápido, leve o tempo que precisar. Mas não reescreva lembranças ou apague memórias forçosamente por causa de comportamentos depois do fim.
Se eu te contar quantos deles comem todas, enquanto comigo só falam de vocês. Quantos deles me apresentam a namorada nova, mas depois de dois uísques me puxam pr’um canto pra contar que elas nunca vão ser vocês. Quantos deles lembram do aniversário, daquela viagem, daquela transa. Se escutassem o que eu escuto, não jogariam os meninos e o relacionamento que tiveram no ostracismo por todas essas besteiras que escuto por aí.
   
Nerds, hustlers, players, romeus. Sobra testosterona. Falta inteligência emocional. Mas hey, tenho certeza que no fundo vocês, assim como eu, os acham adoráveis .

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