segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

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Relação intensa e extensa de amor e ódio. Daquelas que só os muito íntimos e queridos têm. 
Já quis e tentei ir embora muitas vezes. Já me encantei por alguns outros e quase fiz as malas.
Este ano a possibilidade de despedida nunca foi tão real. Mais uma vez, Paulista foi mais forte. Meu ímã pessoal.
Acho que se renova. Nunca dá pra conhecer tudo.  Nunca cansa por muito tempo. Nunca verdadeiramente satura.
Cada ano é um aspecto diferente. Um lugar diferente. Um encantamento novo.
É o que sou. Mais do que gosto e consigo assumir. Amadurecemos e amadurecendo juntas.
Apesar de. Trânsito. Multidões. Preços. Descaso. Pobreza. Sucateamento. PSDB.
Se não vivem aqui e falam mal, viro bicho. Mas morro de vergonha dos governos e preconceitos e “São Paulo para os paulistas".  Dá pra ser tão melhor, somos tão maiores dos que esses que supostamente nos representam e aparecem nos jornais.
Acho que família é assim. Reclama, discute, aponta dedos em casa. Mas se ama e, de uma forma ou de outra, acaba se entendendo.
Amor apesar de. Faz sentido ainda que.
E São Paulo me entende. Até - e principalmente - nas madrugadas de solidão compartilhada. Não dá pra simplesmente virar as costas pra madrugadas de solidão compartilhada. Eu me encontro e me apaixono nas madrugadas de solidão compartilhada.
E fico por elas. Por pelo menos mais 365 delas. Enquanto fizer sentido. Enquanto fizer bem.
Parabéns, babe. Comemoremos nós.

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