Um nariz torto entre os olhos verdes. Uma pinta esteticamente duvidosa perto da tatuagem fodástica. Uma falha gigante na barba oh-so-hot.
Pequenas coisas estranhas, contrastantes, únicas.
São as pequenas coisas que (me) ganham.
Milionésimos de dessemelhança.
Sotaques ficam entre as top. Louca por sotaques. A pessoa vai falando e vai dando um negócio, uma vontade que fica entre sorrir-e-achar-gracinha e sorrir-e-jogar-na-parede.
Talvez porque junto com os sotaques sempre venham estórias-vivências-visões completamente diversas. Backgrounds nos moldam muito mais do que a gente consegue perceber, e assumir. Backgrounds (me) encantam.
Virando uma amálgama de tanto absorver referências de cada um pelos quais vou esbarrando.
O último apareceu como quem não quer nada. Desprezei quando bati o olho. Mais um daqueles. Pontua na sagacidade, na ironia, na misantropia. Todo um potencial. E sabe disso. Por isso a soberba. Menos mil pontos. Distração aleatória e pontual, no máximo, mesmo.
Mas foi chegando. Sem nenhuma sutileza, nenhuma cobrança, nenhum futuro.
Anda ficando.
Não é o fosse nordestino, é foste, assim gramaticalmente correto.
Tem um quê de ésse carioca, mas sem o incômodo do chiar demais.
É um tanto cantado, quase que musical.
E o eneagá?
Me chama de guria, me mantém entretida até de maniã.
Tinha que vir lá da selva pra mostrar que tempestades podem ser assustadoras. Já se espera por elas. Vezenquando vai inundar o caminho e levar tudo. Ficar trancada em casa numa pseudo-proteção não resolve. Auto-comiseração também não.
Pára-com-isso-e-vai-logo-fazer-a-porra-desta-tatuagem.
Make it epic.
Senti cada letra.
Doeu menos do que o sofrimento mental antecipatório.
Ficaí o simbolismo.
Tem que enfrentar. Começar de novo. Arriscar de novo.
Vida que segue.
Uma hora dá certo. Uma hora a gente esbarra com um guarda-chuva, um balde, uma canoa.
Um índio.
Quem sabe um Henry Rollins
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